sábado, 22 de janeiro de 2011

Montando seu aquário plantado


Montagem do substrato:
Para se ter um aquário plantado é necessário se pensar na base de fixação de suas plantas. A maioria se fixa através de raízes que as prendem ao substrato. Além da sustentação, as raízes têm a função de captar alimentos e esta base também servirá de suplementação à elas, fornecendo os nutrientes que necessitam. Existem várias opções de substratos disponíveis, como estes que seguem:
- Húmus de minhoca tratado: É um substrato tão completo quanto polêmico. Sua enorme reserva de nutrientes pode subir para a coluna d’água, tornando-a propícia para o surgimento de algas. Isto pode ser facilmente evitado com o uso de uma camada de substrato neutro acima do fértil, isolando-o, e com trocas parciais de água intensas e constantes, no início da montagem.
- Laterita: É uma ótima fonte de ferro para as plantas. É utilizada como parceira do húmus, a famosa “dobradinha”. Também necessita de isolamento, portanto, pode ficar abaixo da camada de húmus. Pode ser encontra na forma de cascalho ou concentrada.
- Substratos Industrializados: Existem no mercado diversas marcas de substratos industrializados. Pode-se obter bons resultados com o uso destes produtos que já vêm prontos para utilização, não necessitando de tratamento, sendo que alguns não necessitam do uso de uma camada inerte. As intruções de cada fabricante devem ser seguidas para utilização destes produtos.
- Basalto negro: Substrato utilizado como camada inerte, geralmente de granulometria entre fina e média, de cor preta. Dá um excelente resultado visual e um pouco de trabalho para o plantio e tem uma eficiência mediana como camada isolante.
- Cascalho mineiro: Substrato utilizado como camada inerte, pequenos pedriscos arredondados, algumas plantas não enraizam bem nele.
- Areia de filtro de piscina: Substrato utilizado como camada inerte, tem granulometria fina, média e grossa. A ideal é a média. Excelente como camada isolante. Também apresenta a vantagem de não carregar o lay out, por ter cor clara. A primeira impressão que se tem é que seria difícil sifonar os detritos do substrato sem que a areia também o seja, mas, com cuidado, pode-se executar essa operação sem problemas. É encontrado em lojas de artigos para piscinas por um preço bem acessível.
Iluminação:
Em um aquário plantado deve-se oferecer às plantas uma quantia suficiente de luz para que possam realizar a fotossíntese. Pode-se utilizar de 0,5 a 1 watt por litro de água, conforme a necessidade de cada tipo de planta eleita para compor o lay out. Temos no mercado muitos tipos de lâmpadas disponíveis, porém, nem todas são ideais para o bom desenvolvimento de plantas. As mais indicadas são as que possuem temperatura de cor entre 5000K e 15000K, sendo que as mais baixas incentivam o crescimento vertical e as mais altas o horizontal. O ideal seria mesclar essas lâmpadas.
- Lâmpadas Fluorescentes tubulares: Ótimo custo/benefício, porém, têm baixa duração. Existem variações de 2000K a 20000K, não são indicadas para aquários com mais de 50cm de altura.
- Lâmpadas Fluorescentes Compactas: Assim como a lâmpada fluorescente tubular também tem ótimo custo benefício e tem a vantagem de não necessitar de reatores, geralmente se econtra lâmpadas compactas com 6500K, temperatura de cor ótima para aquário. Assim como as tubulares, não é indicada para aquários com mais de 50cm de altura.
- HQI: Lâmpada excelente para aquários plantados, porém é um sistema que necessita de um investimento alto e tem um significativo consumo de energia elétrica. Esta lâmpada é indicada para aquários com mais de 50 cm de altura, devido ao seu poder de penetração. Existem variações de 2000K a 20000K.
Injeção de CO2:
É importante lembrar que as plantas necessitam da troca de carbono em forma de CO2 para ficarem saudáveis em um ambiente fechado. Tais gases são obtidos por meio da atmosfera e respiração dos animais no aquário, porém, estas são fontes insuficientes de carbono. Neste caso o aquarista precisa entrar com a injeção de CO2 que pode ser feita a partir de fórmulas caseiras, misturas compradas em lojas, cilindros e por meios eletrônicos. Neste último o carbono resultante da quebra do carvão que há no refil do aparelho e é injetado na água. Resta ao aquarista escolher o que é mais apropriado ao seu projeto.
Fertilizantes Suplementares:
Após um certo período no aquário, o substrato utilizado apresenta desgaste e neste momento é necessário que as necessidades das plantas sejam supridas com fertilização adicional, seja na forma líquida ou tabletes. Na primeira forma, a líquida, utiliza-se o fertilizante conforme instruções do fabricante, já os tabletes são enterrados no substrato em locais onde há plantas com mal desenvolvimento.
Filtragem:
Ao plantarmos um aquário, já estamos inserindo um filtro natural, que são as plantas, porém, se quisermos ter um ambiente limpo e propício aos peixes, precisamos manter uma filtragem como é feita em outros aquários com mídias mecânicas e biológicas.
Não se deve manter uma filtragem que cause muita movimentação da água pois isto acabaria dispersando o CO2, transformando o aquário em um ambiente propício a algas.
No filtro também há a filtragem química que muito raramente é utilizada em um aquário plantado.
Desenvolvimento do aquário plantado:
- Equilíbrio: O aquário plantado é composto por diversos itens que, unidos, propiciam um bom ambiente para o desenvolvimento das plantas. Para tanto, é necessário que haja uma harmonia entre eles, pois é o equilíbrio que garante o sucesso de nossos projetos. As plantas necessitam de nutrientes para se desenvolverem e, para isso, utilizam o CO² para sintetizar os mesmos, o que só ocorre na presença de luz. Portanto, precisamos alcançar o equilíbrio através da dosagem correta de nutrientes, CO² e iluminação em conformidade com o número de plantas no aquário. Não devemos oferecer nem a mais, nem a menos, qualquer um deles.
- Período crítico: Todos os aquários plantados atravessam períodos críticos, nos quais estão mais propensos ao desequilíbrio que pode gerar problemas e muita dor de cabeça. São fases em que as plantas não estão em pleno desenvolvimento e os nutrientes não são totalmente consumidos, sobrando para as indesejáveis algas. Isto ocorre no início da montagem, quando ainda não temos o aqua totalmente plantado e as plantas ainda não se adaptaram ao novo ambiente e, também, no período pós podas, quando as plantas dão uma pequena estacionada.
Podas:
Após um período todo aquário de plantas necessita de formas, com elas é possível modelar o layout, já previamente pensado. Para podar as plantas temos de levar em consideração a formação da planta a ser podada como a seguir:
- Plantas de caule mole devem ser cortadas em qualquer ponto acima dos nós das folhas tomando o cuidado de deixar planta o suficiente para se recuperar após a poda, pode-se replantar a parte podada da planta para adquirir uma planta nova. Exemplos: Glossos, Ludwigias, Rotalas, etc…
- Plantas de roseta devem ser cortadas apenas as folhas velhas que não rebrotam se replantadas. Exemplos: Blyxa, Echinodorus, aponogeton, etc…
- Musgos devem apenas ser separados, cada esporo gera uma nova planta, plantas como utricularias, na maioria das vezes também obtêm-se resultado sendo podadas desta forma.
Objetos de decoração:
Em um layout sempre pensamos em utilizar materiais como troncos e rochas e são necessários os mesmos cuidados que devemos ter com aquários sem plantas. Observe se o objeto inserido não altera a química da água e não contém substâncias das quais possa liberar fertilização ocasional para a coluna d’água, como nos casos de pedras com resquícios de barro e troncos com madeira podre.
Algas:
Se existe algo que nos deixe com dores de cabeça quando estamos mantendo um aquário plantado, isso se chama algas. Elas prejudicam a montagem, espalhando-se por plantas, vidros, elementos decorativos e até mesmo “colorindo” a água. É claro que nem todo surto de algas são motivos para desespero, visto que podemos manter o controle sobre as mesmas, restabelecendo a harmonia.
Mas, por que elas surgem repentinamente? Na maioria dos casos é devido ao desequilíbrio, quando elas aproveitam melhor as condições do aquário que as plantas. Podemos dizer que as plantas são estruturas bem complexas, enquanto que as algas são simples e acabam invadindo o aqua, surtos, rapidamente, porém, perdem fácil a competição com as plantas, se estas estiverem em pleno desenvolvimento.
São vários os fatores que desencadeiam surtos de algas em nossos aquas. É preciso haver um equilíbrio para que tudo fique sobre controle. Pode ser excesso de iluminação, como sol indireto deixando a água verde, baixo nível de CO² induzindo surto de petecas, pico de amônia, entre outros.
Se não fornecemos todos os elementos para o bom desenvolvimento das plantas, estas podem perder a competição com as algas. Mesmo quando achamos que está tudo correto pode surgir um foco de algas, pois a falta de um elemento nutricional essencial para as plantas, ou que esteja abaixo do nível necessário, só pode ser notada através de testes e, enquanto não identificada e corrigida, pode diminuir a velocidade de desenvolvimento das plantas ou estagná-las.
Para mantermos um aqua plantado com o mínimo de dor de cabeça, precisamos atentar para alguns detalhes:
- população compatível
- filtragem suficiente
- nutrientes
- boa quantidade de plantas
- Nível ce CO² ok.
- iluminação adequada
- manutenção periódica (TPAs, limpeza de filtros e vidros, sifonagem, etc.).
Conclusão:
Ter um aquário plantado não é tão trabalhoso como dizem, apesar de todos os conceitos e cuidados que são difundidos entre os aquapaisagistas. O aquário plantado requer apenas dedicação, planejamento e atenção ao ambiente criado, evitando assim, futuros problemas. Se existirem dúvidas no decorrer do trabalho, siga sempre os mais experientes, que já possuem trabalhos com bons resultados, pois a prática acaba superando toda teorização.
Boa sorte com seus projetos!

Micro Aquário plantado

“Nano” aquário refere-se a aquário de pequeno porte, com dimensões reduzidas, normalmente sua litragem é inferior à 20L. Embora o pouco espaço nos restringe na escolha das plantas e peixes que iremos utilizar no aquário, não impede de liberarmos a imaginação e efetuar montagens tidas como inimagináveis. Eis o resultado do micro aquário de Rony Suzuki. As montagens são datadas de 2006, mas vale o destaque. ;)
Aquário Alpiste
Diz a história que este aquário nasceu a partir do desafio de um amigo forista que comentou “Fico pensando se esse peixe passa a ser comercializado, o Rony é capaz de fazer uma montagem que precisará de lupa.”. Eis o resultado:

Peixe Mato Grosso


   O peixe mato grosso é bem bonito, ele é da família dos caracídeos, ele gosta de ph ácido mas pode viver em ph levemente alcalino de 5.0 a 7.6, ele pode viver em temperatura de 22º a 28°C, quando adultos podem medir 4cm e tem uma estimativa de vida de 5anos
   O mato grosso é Onívoro (essencialmente carnívoro), come pequenos crustáceos, insetos e vermes no seu habitat natural, em aquários aceitam alimentos comerciais, especialmente em flocos.
   O mato grosso é  Onívoro, ele solta seus ovos no substrato, geralmente os pais não cuidam da progênie e praticam canibalismo, os ovos eclodem em até 36 horas e as larvas nadam livremente após 3-4 dias pós eclosão.
   É bem fácil a reprodução em cativeiro, pode ser obtida através da relação de pelo menos meia dúzia de espécimes, três de cada sexo; pH na faixa de 5.5 – 6.5, GH 1-5 e temperatura em torno de 28ºC; desejável aquário estar pouco iluminado e conter plantas de folhas finas, musgos ou MOPs; quando as fêmeas estão visivelmente cheia de ovos, une-se aos machos mais coloridos; desova normalmente ocorre ao amanhecer, alevinos são foto-sensíveis e deve-se manter o aquário deve ser mantido em total escuridão se possível; pais comem ovos ou larvas.
   O seu dimorfismo sexual pode ser definido pela coloração, machos são mais coloridos, ou pela nadadeira dorsal, onde o macho apresenta nadadeira dorsal de coloração negra intensa, enquanto a fêmea não possui coloração negra na base. Uma mancha negra em forma de losango, localizada atrás do opérculo, também distingue o macho, podendo esta mancha ser ausente ou menos evidente em espécimes juvenis ou criados em cativeiro. As fêmeas são mais arredondados e robustos do que os machos, que são mais magros.

Peixe Paulistinha


   O paulistinha é um bom peixe para todos os iniciantes no mundo do aquarismo, eles vivem muito bem em aquários comunitário, são pequenos, pacíficos e muito resistentes. Eles não ficam parados quase  nem um minuto são bem ativos, costumam ficar na parte superior da água, o pH do paulistinha pode ser entre 6.0 a 7.6, eles vivem em climas tropicais e podem ser colocados em aquários com temperaturas de 18°C a 28°C, seu tamanho quando adulto é de aproximadamente 5cm, ele vivem em media 5anos no maximo.
   Os paulistinhas podem comer alimentos secos, como rações próprias , podem também comer alimentos vivos como larvas mosquitos etc.
   Sua reprodução é bem fácil, eles são ovíparos, isto é, soltam os ovos na água . Para tornar possível a sua reprodução são aconselháveis plantas com folhas densas onde eles possam depositar os ovos, ou cascalho grosso ou bolinha de gude pra depositarem seus ovos. Eles só começam a nadar quando a gema do saco vitelino é totalmente consumida, 1 a 2 semanas após a desova.
Alevino de paulistinha na sua fase larval

Nova Variedade de Kinguio

Um peixe vermelho e branco chamado de Sabao Tamasaba tem sido importado para o Reino Unido. Parecendo um cruzamento entre um Cometa Sarasa e um Ryukin, esses peixes são adequados para lagoas ao ar livre.
O fornecedor é chamado de Aquadistri, um distribuidor de peixes holandês com um fornecedor de Koi em Niigata, Japão, chamado Ornafish. Juntamente com o abastecimento regular de Koi japones, sua fazenda produziu 180 Tamasaba sabao, 150 dos quais ficaram ems suas instalações na Holanda e 30 dos quais vieram para o Reino Unido. Você pode ver no vídeo abaixo:


Criado por criadores de Kois
“O Tamasaba, também conhecido como Sabao, é um tipo raro de peixe japonês, com uma forma corporal semelhante à dos Ryukin”, indica Aquadistri. “Eles têm uma cauda muito longa e única”.
“Tamasaba é o resultado de um cruzamento entre peixes as variedades de Kinguio Syounai e Ryukin e foi produzido por criadores de Koi na áera de Niigata no Japão”.
“O Tamasaba é produzido em vermelho e branco. Eles são adaptados para água fria e altamente apreciados no Japão”.
Os peixes são grandes em 18-20cm, incluindo a cauda longa, com forte coloração vermelha e branca. Machos e fêmeas podem facilmente ser identificados.
O fornecedor acredita que existam apenas 30 espécimes no país e atualmente estão em quarentena, recém chegado das lagoas de lama no Japão. Eles estão sendo alimentados com uma dieta de alimentos ricos em qualidade Hikari. Aquadistri não vendem diretamente ao público, os peixes podem ser comprados somente através de uma loja.

Peixe Kinguio

 

» Classificação científica
Carassius auratus (Linnaeus, 1758)
Classe: Actinopterygii
Ordem: Cypriniformes
Família: Cyprinidae
Sub-família: –
Nomes populares: Kinguio, Japonês, Peixe Dourado, Goldfish, Crucian carp. Kam tsak, Tsak ue localmente.
» Distribuição
Distribuição geográfica: Ásia. Ásia Central, China e Japão.
Países ocorrentes: Originalmente China, Hong Kong, Laos, Japão, Macau e Myanmar. Sua distribuição atual é cosmopolita, introduzido em praticamente todo o mundo, causando impacto ecológico negativo em vários países após a introdução.
» Biologia e Ecologia
pH range: 6.8 – 7.6
dH range: 5 – 19
Clima: Subtropical 10º – 28ºC. Espécimes nativos podem suportar de 2º a 29ºC, no entanto variedades ornamentais podem não tolerar temperatura abaixo de 10ºC.
Salinidade: 0
IUCN Red List: Não. IUCN 2010. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2010.4. Downloaded on 17 January 2011.
Ambiente: Bentopelágico; potamódromos, Água doce
Biótopo: Rios, lagos, lagoas e valas com água estagnada ou muito lenta, bem vegetada.
Relevância: Pescaria: espécie comercial; Aquacultura: espécie comercial; esportivo: sim; Aquário: Altamente comercial; isca: ocasionalmente
Tamanho adulto: Volúvel de acordo com a variedade de Carassius. Espécimes de corpo alongado podem ultrapassar 30cm, enquanto espécimes de corpo ovóide raramente ultrapassam 20cm.
Idade máxima: Estimativa de 50 anos (máximo registrado: 41 anos Bobick, J.E. and M. Peffer 1993 , embora há relatos de peixes com idade superior não registrado oficialmente)
Estrutura Trófica: Onívoro. Plantas, detritos, algas bentônicas, insetos, cladóceros, anelídeos e moluscos. Em cativeiro aceita alimentos secos sem dificuldades, devendo ser fornecido rações específicas para a espécie e periodicamente legumes como brócolis, pepino, acelga, couve-flor, evrilhas, entre outros. Alimentos de origem animal deve-se fornecer esporadicamente.
Morfologia: Pode ser dividido em dois grupos: de corpo alongado ou oval.
Corpo alongado possui flancos achatados e apresenta nadadeira caudal e anal simples, são excelente nadadores e resistem a baixas temperaturas. Aqui inclui espécies como a variedade comum de nadadeiras curtas e as variedades cometa com nadadeiras mais longas e Shubunkin (cálico).
Corpo oval apresenta corpo curto e gordo, em forma oval, com a cabeça grande. Seu cume é alto e arredondado e apresenta pedúnculo caudal curto e estreito. Em sua maioria possui nadadeira anal e caudal dupla. Por sua vez, este grupo ainda pode ser dividido em dois sub-grupos:
1) nadadeira dorsal presente
1a) Fantail: apresenta nadadeira caudal dupla com lóbulos ligeiramente finos.
1b) Fantail “véu”: similar a variedade acima, mas com longa nadadeira caudal.
1c) Ryukin: Semelhante ao fantail véu, mas é maior, forma corcunda e nadadeira caudal maior.
1d) Telescópio: similar acima, mas possui grandes olhos salientes e cabeça mais reduzida. Sua visão é ruim e não recomendado misturar com outras variedades. Há uma variedade preta, chamada de black moor.
1e) Oranda: similar ao fantail, mas com uma colisão ou excrescência carnosa na cabeça que surge com cerca de dois anos de vida. Há uma variedade bastante popular chamada red cap ou boné vermelho, com corpo branco e parte superior de sua cabela vermelha.
1f) Pérola: similar ao fantail, apresentando abdômen inchado, em forma de bola de gude, com escamas salientes, incorporado como pérolas.
1g) Pompom: similar ao fantail, apresentando duas saliências carnosas que se desenvolvem no nariz. Estes tumores podem se desenvolver em outras variedades.
2) nadadeira dorsal ausente.
2a) Ranchu: possui crescimento carnoso que cobre toda sua cabeça.
2b) Lion head: similar ao ranchu, mas o crescimento carnoso é mais volumoso e curvatura de suas costas é menos pronunciada.
2c) Celestial: apresenta nadadeira caudal dupla “véu” e seus olhos são virados para cima.
2d) Olho bolha: similar ao celestial. Após seis a nove meses começa a desenvolver sacos com fluidos ao redor dos olhos. Estes sacos são delicados e rasgam facilmente.
A coloração básica dos kinguios também é bastante variável de acordo com a variedade.
Características: Foi uma das primeiras espécies domesticadas e mantidas em cativeiro pelo ser humano. Estudos indicam que originalmente são derivados da Carpa Cruciana (Carassius carassius), sendo criado seletivamente durante séculos na China. É de longe a espécie mais popular em aquário, assim como em lagos, podendo ser obtido uma gama bastante ampla de variações diferentes.
Comparado com outras espécies domésticas de peixes que foram criados e desenvolvidos em cativeiro, esta espécie apresenta um história extremamente longa. Como indicado, acredita-se que são derivados da Carpa Cruciana, uma carpa relativamente pequena que apresenta cor cinza escuro para o marrom-oliva, nativa do leste da Ásia.
Registros indicam que os chineses começaram a mantê-los em cativeiro. A dinastia Tang (618-907) é famosa por apresentar belas lagoas de peixes e acredita-se que nesta época foi descoberta a mutação de cores. Em 1161 dc, o imperador chinês proibiu qualquer povoado manter esta espécie, exceto de cor amarelo. Segundo ainda a literatura chinesa, as variações de cores começaram seletivamente a partir da dinastia Ming (1276 dc).
A partir de 1502 dc, esta espécie foi introduzida no Japão, onde ganhou popularidade e novas variedades como Tosakin e Ryukin, chegando a Europa em 1611, através de Portugal.
É amplamente utilizada em experimentos e embora próprio para o consumo humano, raramente é utilizado na piscicultura de corte.
» Reprodução e Dimorfismo Sexual
Reprodução: Ovíparo
Local: Estabelece ovos em plantas de superfície ou objetos submersos
Fertilização: Externa
Piracema: Não
Maturidade Sexual: 8-10 meses
Ovos & Larvas: Cerca de 5.000 – 10.000 ovos; eclodem em até 7 dias; nadam livremente em até 3 dias
Papel Reprodutivo: Pais não cuidam da progenie, podendo praticar canibalismo
Acasalamento e ciclo de vida: Reprodução ocorre normalmente no inicio da primavera, desovam em águas rasas entre plantas ou raízes próximo a margem. Fêmeas maduras apresentam barriga protuberante (ovos) e os machos apresentam tubérculos nas brânquias e nadadeiras peitorais. O ritual de acasalamento ocorre com machos perseguindo a fêmea, batendo em seu abdômen, incentivando a desova. Os tubérculos presente no macho formam superfícies ásperas que servem para excitar a fêmea durante o processo de acasalamento com leve esbarrões em seu abdômen.
Para incitar a reprodução, separar uma fêmea e dois machos maduros sexualmente, mantendo a temperatura por volta de 18ºC, logo convém aumentá-la aos poucos próximo a 24ºC, simulando a primavera. Sugere-se separar a trio duas semanas antes, sendo necessário aumentar a proteína vegetal em sua alimentação.
A postura dos ovos e posterior fertilização ocorre normalmente de madrugada ou amanhecer.
Características desejáveis da água: pH: próximo a neutro; dureza: ?, temperatura: 24ºC
Informações adicionais: Desovam em águas rasas. Se possível, deve-se usar “mops” para ovos aderirem a estes.
Dimorfismo Sexual: Pouco evidente em juvenis. Abertura anal da fêmea apresenta ligeira saliência para fora, enquanto machos a cavidade é côncava para dentro. Em época de reprodução as fêmeas apresentam a barriga protuberante e os machos nódulo branco nas brânquias e nadadeiras peitorais.
» Manutenção em aquário
Dimensões mínimas: 80x40x50 (160L)
Nível de dificuldade: Fácil
Região frequente: Todas
Temperamento: Extremamente pacífico
Comportamento: Extremamente pacífico
Sociabilidade: Grupo (excelente com outras espécie)
Notas: Espécie bastante pacífica e lenta que raramente ataca outras, sendo vítima de ataques de peixes mais ariscos ou agressivos. Apreciam viver em grupo, mas não chegam a formar hierarquia grupal. Embora vivem melhor intra-espécie, pode ser mantido com outras espécies de peixes pacíficos de porte similar, desde que estas não possuam hábitos de mordiscar outros peixes e não seja demasiadamente territorial ou agressivo.
Tolera amplitude térmica grande, mas deve-se evitar mantê-los em água muito fria. Espécimes procedentes de cativeiro não costumam tolerar temperatura abaixo de 14ºC por longo tempo, contrário os espécimes selvagens, devendo ser mantido em temperatura variando entre 18ºC a 26ºC, use um termostato para tanto.
É uma espécie bastante popular entre aquaristas do mundo todo, mas sua manutenção em aquário é altamente menosprezada. Embora um aquário de 160l é o mínimo para abrigar esta espécie, adicionando 30l para cada novo Kinguio introduzido, muitas pessoas insistem em mantê-los em recipientes de tamanho inadequado. Este fato é um grave erro, pois uma espécie que poderia durar no mínimo 20 anos, raramente irá ultrapassar dois anos em condições inadequadas.
O aquário deverá possuir filtragem eficiente, fluxo próximo a 10 vezes o volume do aquário por hora, além de estar obrigatoriamente munido de substrato de areia ou granulometria pequena, uma vez que vivem mexendo no fundo e podem engasgar com cascalhos maiores. Enfeites de grande porte ou pontiagudos devem ser evitados, pois esta espécie necessita de grande área para nadar ou podem se machucar.
Embora rústicos e pouco exigente nas características da água, deve-se mantê-los em água com pH próximo a neutro, dureza média e OD entre 4mg/l e 6mg/l.
Sua dieta á basicamente herbívora, não sendo indicado a inserção de macrófitas. Mas algumas de folhas largas e duras como Crinum, Microsorium pteropus (Java samambaia), Hygrophila, Anubias, Elodea e Myriophylum podem resistir aos ataques da espécie, tornando-se aliados na filtragem natural do aquário.

Bettas Splendens

Os Bettas Splendens são encontrados na Ásia (Tailândia, Vietnã, China e outros) em charcos e plantações de arroz. Devido a essa regionalidade os Bettas vivem em águas de pouca ou nenhuma correnteza, com baixos níveis de oxigênio dissolvido na água e, além disso, sua alimentação é basicamente feita de mosquitos, larvas e vermes que são encontrados em abundância nesses locais. Devido a esse fato, o seu sistema digestivo não comporta alimentos pesados (de difícil digestão como as famosas rações de "bolinhas"), muitas vezes levando o animal a ter sérios problemas digestivos.
 
O habitat ideal para o Betta:
Um Betta bem cuidado vive entre 3 e 4 anos em aquários. Os Bettas podem ser criados em aquários com no mínimo 2 litros, mas certamente vivem bem melhor em aquários de 10 a 20 litros. Cascalho fino ou areia, plantas como elódeas, cabombas, rabo de raposa, musgo de java e etc, são ideais para o betta, cuide das plantas bem mas atenda todas as exigencias do betta. O pH pode ser neutro ou ligeiramente alcalino, podendo estar entre 7.0 e 7.8, a temperatura deve estar entre 25 e 28°C, use termostatos ou aquecedores e um termômetro para saber a temperatura constantemente. Oscilações de temperaturas ou quedas bruscas de pH podem gerar mal estar súbito no animal e causar anomalias como Íctio e outras doenças.  
 
A alimentação do Betta:
  Se você deseja somente manter Bettas saudáveis, forneça como sua alimentação principal a ração Tetra BettaMin, de duas a três vezes por semana dê artêmias, alternando com Enquitréias, Bloodworms ou outros vermes ou larvas. O principal objetivo é fornecer uma alimentação de fácil digestão para o Betta e rica em proteínas.
 
 
A reprodução do Betta:
Com certeza pode-se dizer que este é o ponto alto de todo aquarista. Reproduzir nossos próprios peixes é algo indescritível, nos emociona e fascina. Se você quer seguir uma linhagem de cor, procure um casal parecido (nas características de cores, caudas, formato do corpo, agressividade, etc), mas se a sua intenção é ousar ou reproduzir somente de forma doméstica, a escolha é sua.

O macho - Na hora da compra, ele deve ser maior que a fêmea (isso vai facilitar o "abraço nupcial"), os peixes devem ser ativos, agressivos e responderem prontamente ao lhes oferecer alimentos; peça para o vendedor dar um pouco de ração ao macho e aproveite para ver qual o alimento lhe é fornecido. Isso vai lhe ajudar mais para frente.
A fêmea - Deve seguir os mesmos critérios de escolha do macho, deverá ter a aparência levemente “redonda”, e com o diferencial citado acima (tem de ser menor). Quando do acasalamento a fêmea irá apresentar listas bem escuras na vertical, e no orifício anal aparecerá um pontinho branco aparentando um minúsculo ovo.
Escolhido o casal, é hora de começar uma dieta rica em proteínas, principalmente para o macho que durante o processo de reprodução e manutenção dos alevinos, não irá se alimentar e poderá emagrecer bastante. Alguns animais chegam a falecer.




O Acasalamento:
  Considerando que o ninho foi feito, é hora de soltar a fêmea no aquário. Não fique muito próximo, pois isso faz com que o casal fique tímido, só aconselho ficar de olhos bem abertos, pois o macho vai dar umas "pancadinhas" na fêmea, forçando para que ela fique na parte de baixo do ninho. Se ele a machucar, retire-a, e tente mais tarde. Neste momento, devido às “corridas” dos dois, o ninho pode ser afetado e parcialmente desfeito, não se preocupe, o macho irá refazê-lo todo o tempo. Quando a fêmea estiver embaixo do ninho, em no máximo 24 horas o acasalamento deve ocorrer, normalmente acontece entre as primeiras horas da manhã. O macho dará o "abraço nupcial" e a fêmea irá expelir os ovos, que prontamente serão fertilizados instintivamente. Os ovos cairão até o fundo, o macho irá pegar com a boca e colocará com cuidado no ninho. Sempre refazendo e ajeitado o mesmo. Neste tempo a fêmea ficará parada muitas vezes parecendo estar em transe, algumas delas ajudam o macho no processo de recolher os ovos fertilizados e guardar no ninho, mas isso não é uma prática muito comum. Todo este esforço repetitivo dura cerca de 1 hora e em média são expelidos de 300 a 1000 ovos. Após o término do acasalamento, retire imediatamente a fêmea, pois ela pode tentar comer os ovos que estão depositados no ninho e o macho vai defendê-los até a morte. Alimente-a no dia seguinte com artêmia salina viva, verifique se há algum machucado em seu corpo e trate adequadamente. O macho vai revirar o ninho a todo instante, fazendo isso ele dará mais oxigenação aos ovos e previne contra a infestação de fungos. A esta altura os ovos estão amarelados com pontinhos escuros bem pequeninos. Em 24 ou até 48 horas eles eclodirão, os alevinos ficarão presos aos ovos através do saco vitelino (por onde irão se alimentar pelos próximos 4 a 5 dias iniciais de sua vida). Os filhotes que caírem serão devolvidos imediatamente pelo macho ao ninho. Quando os alevinos estiverem nadando na horizontal, é hora de retirar o "papai" do aquário, pois o mesmo poderá comer toda a sua cria. Lembre-se de reforçar a alimentação do macho à base de proteína, principalmente artêmia salina e Bloodworms.
 
A Alimentação e manutenção dos alevinos:
  Agora devemos nos preocupar com os alevinos. Ligue o aerador, regulando o fluxo de oxigênio deixando-o bem fraquinho, desta forma não irá criar correnteza no aquário que poderá gerar má formação nos Bettas.
Como são muito pequenos ainda, precisam de alimentos especiais. No quarto dia de vida, comece a dar infusórios (a chamada "água verde", veja abaixo como fazer uma cultura de infusórios) ou alimentos líquidos especiais para alevinos (como o Wardley® Premium Small Fry®). Muitos deles são à base de gema de ovo e devem ser ministrados com muito cuidado. Existe no mercado uma ração vendida em tubos (que mais parecem de pasta de dente) que substitui muito bem os infusórios, estes devem ser ministrados somente nas 2 primeiras semanas. Todos os dias o fundo deverá ser sifonado com muito cuidado, para que não haja nenhum resto de alimento. Com 1 semana de vida, comece a dar artêmias salinas recém eclodidas, ou mesmo ovos de artêmia sem casca (existe uma marca chamada Maramar que é muito fácil de ser usada, siga as instruções do fabricante). Vá ministrando as artêmias e microvermes alternadamente quantas vezes você puder durante o dia, mas nunca deixando restos no fundo. À medida que os alevinos forem crescendo, vá aumentando o tamanho das artêmias e comece a dar ração para alevinos da Tetra. A partir da terceira semana de vida, comece a fazer trocas parciais diárias de 20% do volume total de água do aquário e a cada dia suba a coluna de água em 1 centímetro. Por exemplo, se o seu aquário está com 10 cm de água, faça uma troca parcial de 20% e ao recolocar a água, suba para 11 cm. e assim por diante, até que o aquário esteja totalmente cheio. Com 1 mês de vida, comece a dar artêmias salinas maiores, enquitréias, bloodworms e a ração Tetra BettaMin bem esfarelada entre os dedos. Faça trocas parciais diárias de um terço do volume total do aquário, sempre sifonando com muito cuidado os dejetos, para que os alevinos não sejam sugados pela mangueirinha.
 
Receita de infusório:
  Os infusórios são cultivados em matéria orgânica apodrecida. Para tanto podemos utilizar casca de banana ou batata, couve e outras folhas. Preferencialmente utiliza-se as de banana. Dentro de um recipiente com água (pode ser um frasco de maionese, por exemplo), ponha uma casca de banana e deixe por 3 ou 4 dias sob sol, neste período o infusório irá se formar nesta água. Algumas pessoas costumam colocar 3 ou 4 gotas de bebida láctea fermentada com “lactobacilos vivos”, os famosos Yakult. É uma prática interessante, porém nunca utilizei, portanto não posso dizer se realmente são necessários ou não. Para ministrar os infusórios utilize um conta gotas convencional que não tenha sido utilizado antes. Coloque de 5 a 6 gostas no aquário e siga as instruções de alimentação 

Separando os alevinos:
  Dependendo da quantidade peixinhos, você deverá separá-los em 2 ou 3 aquários, desta forma irá evitar superpopulação e o apodrecimento rápido da água. Com 2 meses de vida já é possível notar as diferenças entre os machos e fêmeas, essa é a hora de separá-los, machos em aquários individuais e fêmeas juntas. Normalmente nascem de 6 a 10 fêmeas para cada macho. Mas como diferenciar os machos das fêmeas? Existem algumas dicas que podem ajudar a distinguir os sexos. Em geral os machos são maiores, possuem a cauda ligeiramente maior e se mostram mais agressivos, tentam marcar o seu território e afastar quem se torne uma ameaça a ele. Então são basicamente duas formas, tamanho e agressividade. Algumas vezes isso falha, existem fêmeas maiores e mais agressivas, mas com o tempo as características irão se mostrar mais evidentes, portanto não se preocupe.